As patologias das
edificações podem ter sua origem pela falta ou deficiência na manutenção.
Há diversas
nomenclaturas usadas em manutenção, tais como: manutenção preditiva,
preventiva, corretiva, detectiva, reparos e outros.
Gostamos de definir a
manutenção preditiva como plano de manutenção, onde se prevê os pontos de
possíveis problemas e elabora-se um esquema de intervenções de maneira que
possam ser mantidas e recuperadas as condições de uso, resistência e
durabilidade dos elementos construtivos.
No plano de
manutenção, há as etapas preventivas e corretivas.
A manutenção
preventiva é investigativa. Na fase da manutenção preventiva deve haver um check list periódico e
característico para cada sistema construtivo, de maneira que possam ser
constatadas e sanadas deficiências funcionais. Os serviços executados na
manutenção preventiva são pequenos reparos e de baixo custo.
Seguem alguns
exemplos decorrentes da falta da manutenção preventiva:
• Curto circuito em tomadas, interruptores e
disjuntores é comum pela falta de verificação nas conexões e emendas;
• Infiltrações em telhados são comuns pela falta
de limpeza de calhas e condutores;
• Infiltrações devido a deficiências no rejunte
de revestimentos cerâmicos;
• Queda de disjuntor devido à sobrecarga pela
falta de equilíbrio de fases;
• Infiltrações em janelas pela falta de vedação
entre o revestimento e a esquadria;
• Aumento no consumo de água devido a vazamentos
contínuos.
A manutenção
corretiva
A necessidade de
manutenção corretiva é normalmente constatada durante a manutenção preventiva.
Na manutenção corretiva, são efetuados reparos, restauração e substituição de
elementos construtivos. Quanto antes constatado o problema no funcionamento,
menor o custo. Serviços que poderiam ser sanados na manutenção podem se
transformar em obras, com necessidade de acompanhamento técnico e mão de obra
especializada. Em outros casos, a falta de manutenção corretiva coloca em risco a
segurança dos usuários.
Seguem alguns
exemplos decorrentes da falta da manutenção corretiva:
• Estrutura da cobertura – as infiltrações, seja
por falta de limpeza, sejam por telhas quebradas, seja devido às calhas ou
outros fatores, ao longo do tempo pode comprometer a estrutura da cobertura ao
ponto de levar a necessidade de substituição parcial ou total.
• Revestimento cerâmico – a falta de retoques em
pontos de falhas no rejunte, pode provocar infiltrações e descolar panos
inteiros de revestimento.
• Sistema elétrico
– Curto circuito decorrente de mau funcionamento dos disjuntores é comum. Os
disjuntores, principalmente os antigos (termomagnéticos), devem ser acionados
periodicamente para manutenção de seu funcionamento. A substituição de
disjuntores deve ser efetuada tão logo se constate qualquer anormalidade.
• Sistema de
segurança – A maioria das tragédias em incêndios se dá devido a falta de
manutenção em extintores, mangueiras de incêndio, acionamento de portas corta
fogo e outros.
• Infiltrações –
as infiltrações comprometem concreto, armaduras, desagregam revestimentos,
geram fungos e bactérias. Todo plano de manutenção deve observar com muito
cuidado infiltrações e tentar estanca-las no menor prazo possível.
Os problemas não devem ser protelados e nem sempre são
de constatação e solução fácil. A avaliação das patologias deve ser efetuada
por profissionais habilitados, com atribuições profissionais e conhecimento
técnico.
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