EDIFÍCIO TAMBÉM FICA DOENTE

Toda edificação, como nosso corpo, emite sinais de que está ficando doente. A estes sinais chamamos de sintomas. Os sintomas podem caracterizar doenças ou patologias.

As patologias, nas edificações, como no ser humano, devem ser avaliadas por pessoas credenciadas (engenheiros e médicos respectivamente), para que possa ser prescrita a medicação.

As patologias podem ocorrer desde a fase de concepção da obra, por erros nos projetos; durante a construção, pela aplicação de materiais e mão de obra inadequados; durante o uso, pela falta de manutenção ou pela execução de serviços inadequados, por agentes externos, por intempéries e devido ao vencimento da vida útil dos sistemas construtivos.

Tanto o síndico como os condôminos devem ficar atentos aos sinais de que seu prédio está ficando doente.

Principais sinais que devem soar como alerta de edificação doente:

-        Fissuras – existência de fissuras em vigas, pilares, lajes e paredes

-     Infiltrações – manchas de umidade, vazamento de água, formação de estalactites em vigas e lajes

-       Ferragem aparente: vigas, pilares e lajes

-       Corrosão em ferragem aparente – aparecimento de ferrugem na estrutura

-       Recalque de pisos em contato com o solo

-       Umidade nas paredes

-       Umidade em forros e lajes

-       Infiltrações em lajes

-       Esquadrias começam a não funcionar (parece que a esquadria cresce)

-       Bolhas na pintura

-       Disjuntores desligando no uso normal

-       Queima excessiva de lâmpadas

-       Infiltração nos apartamentos do último andar

-       Desplacamento de revestimentos de fachada

-       Aumento repentino nos consumo de água, energia e gás

-       Desagregação de argamassa ou concreto

-       Telhas começam a desalinhar

-       Além de outros

Além dos sinais visíveis, deve-se ficar atento quando a manutenção começa a ser mais corretiva do que preventiva e quando há a incidência do mesmo problema repetidas vezes em pequeno espaço de tempo.

Uma das falhas mais graves é a adoção de paliativos, bem como uso de mão de obra e materiais inadequados. Às vezes, uma intervenção errônea mascara e agrava o problema, podendo colocar em risco o correto funcionamento dos sistemas construtivos. É muito comum, onde existe ferragem aparente e oxidada em pilares e vigas, “aplicar-se uma argamassa” e o problema desaparece, quando deveria ser efetuado análise da seção comprometida pela corrosão e posterior tratamento nas armaduras e concreto.