O estado deve disponibilizar
um conjunto de elementos para viabilizar a produção e escoamento dos bens e
serviços. A estes conjuntos de elementos facilitadores da produção chamamos de
infraestrutura.
A infraestrutura é determinante para definição dos custos de
produção e finais dos produtos e serviços. Os investimentos em infraestrutura
devem acompanhar o crescimento da produção do país, de maneira que não haja
gargalos com aumentos significativos nos custos.
Mesmo não sendo especialistas,
procuramos dados das condições brasileiras dentro do espírito da globalização.
Como pode um país ser competitivo e dar condições dignas à população dentro do
cenário abaixo?
Constatamos que os investimentos em
infraestrutura em algumas áreas nas últimas décadas não acompanham as
necessidades nem o crescimento da população e da produção de bens e serviços. Acreditamos
ser retrato do Brasil. Cresce a população, cresce a arrecadação, cresce a
tributação, cresce a produção e diminui a disponibilização de infraestrutura
para produção de bens e serviços.
A infraestrutura viária – não
conseguimos dados, porém se analisarmos no Paraná, mais de 90% da
infraestrutura atual já existia na década de 80.
A infraestrutura ferroviária – após privatização, foram desativadas diversas linhas ferroviárias. As novas ferrovias não estão
sendo projetadas para melhorar o escoamento da produção, são decisões
políticas. Aqui no Paraná, a rede ferroviária diminuiu.
A infraestrutura energética – quanto
foi feito? Pouco, duas ou três hidroelétricas e várias termoelétricas.
Acreditamos que mais de 90% do potencial energético atual já existia na década
de 80.
A infraestrutura de comunicações – decorrente da globalização, houve grande melhoria nas comunicações, mas a que
custo? Vide ranking acima.
A infraestrutura portuária –
foram efetuadas pequenas melhorias em alguns portos e construídos pequenos
novos portos. Está praticamente estagnada.
Um país com a maior carga
tributária do mundo, um país que está entre os 10 maiores em relação ao PIB –
Produto Interno Bruto, um país que tem o maior potencial energético hidráulico
do mundo e um país que tem um povo trabalhador e produtivo, não poderia estar
nesta situação.