terça-feira, 7 de outubro de 2014

Piscinas


É comum, em reuniões de condomínio, discutir-se o plano de melhorias e investimentos, onde a ideia de instalação de uma piscina é cogitada. Muitas vezes, após aprovação em assembleia, escolhe-se o local e é contratada uma empresa para efetuar a instalação ou construção da piscina. Simples, porém atitude de alto risco em relação à segurança e estabilidade da construção.

A instalação de uma piscina é uma obra e, para tanto, se faz necessária a elaboração de estudo prévio, avaliando e orientando as condições técnicas a serem atendidas. Muitas vezes, se faz necessária a execução de projetos complementares. Para instalação de piscina em lajes existentes, deve ser efetuada uma avaliação da capacidade de suporte de carga da laje e, provavelmente, elaborar projeto e executar um reforço estrutural, sem o que haverá risco de colapso da estrutura. Uma piscina com um metro de lâmina de água (profundidade) provoca uma carga de 1.000kg por metro quadrado (só devido a água), o que ultrapassa em várias vezes as cargas previstas em edificações residenciais. Além dos cuidados referentes à estrutura, deve-se atentar que as piscinas devem ter um circuito elétrico exclusivo, bem como ponto de escoamento de esgoto para limpeza e retro lavagem e ponto de água.

As piscinas podem ser de concreto, de fibra de vidro e de vinil. Todas são eficientes, sendo que cada tipo tem um tempo limitado de vida.

As piscinas de concreto são as mais duráveis, desde que bem executadas. Sempre é necessário o projeto estrutural, o concreto deve ser bem dosado e aplicado de maneira que mantenha a máxima estanqueidade, a armadura bem dimensionada para que não hajam fissuras, a passagem de tubulações bem posicionada antes da concretagem, o sistema de impermeabilização é de suma importância, bem como a aplicação dos revestimentos. Se não houver pessoal plenamente capacitado para construir a piscina de concreto, é bem melhor optar por outro sistema, pois vazamentos em piscinas de concreto são problemas de difícil solução, além do alto custo.

Mesmo as piscinas “prontas” (fibra e vinil) vendidas no mercado devem ser instaladas mediante a responsabilidade técnica de um engenheiro face à carga elevada que uma piscina representa, mesmo em contato com o solo.

As piscinas podem ser enterradas, semienterradas ou elevadas, estas últimas, normalmente, complementadas por deck’s de madeira.


O equipamento básico das piscinas são as bombas e os filtros, já os sistemas de tratamento de água são vários, sendo mais usado o tratamento por lançamento de cloro na água e controle do ph. Existem sistemas mais complexos como ionizadores, ozonizadores, ultravioleta, salinizadores e outros, os quais tem alto custo inicial, porém baixo custo de manutenção e tem ótimos resultados.


Já para o aquecimento, podem ser usados energia solar, eletricidade, caldeiras e outros.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Adegas Residenciais


Para quem gosta de um bom vinho, ter uma adega para guardar e preservar o estoque é muito importante, entretanto é necessário saber algumas variáveis que influem na conservação e qualidade do vinho.

O primeiro ponto é a temperatura do ambiente que deve estar na faixa ideal. Cada tipo de vinho deve ser conservado em uma faixa de temperatura, sendo que a maioria das recomendações encontradas fornece:
  • Vinho Espumante 4ºC a 10ºC
  • Vinho Branco 6ºC a 12ºC
  • Vinho Tinto Leve 12ºC a 15ºC
  • Vinho Tinto Encorpado 16ºC a 18ºC

A umidade ambiente também influi na conservação e armazenagem do vinho, onde é recomendada umidade moderada entre 50% a 70%.

Na construção de uma adega residencial, deve-se levar em consideração o arejamento do recinto (que deve ser moderado) e a luminosidade mínima para não afetar a qualidade do vinho.

O mobiliário para armazenamento das garrafas também é importante, de modo que os envases devem ficar dispostos deitados ou com a rolha para baixo. O local de armazenamento não deve sofrer vibrações.

O tempo de permanência também é de suma importância, os vinhos, de acordo com o tipo, podem ficar armazenados desde dois anos até cinquenta ou mais anos.

Para os apreciadores e colecionadores de vinho, todas as variáveis acima devem ser atendidas, havendo áreas com a refrigeração variada.

Para o apreciador que mantém um pequeno estoque para seu uso pessoal, onde o tempo de armazenagem é limitado, independente do tipo de vinho, algumas variáveis podem ser deficientes sem alterar a qualidade do vinho.

Antes de definir o tipo de adega, a pessoa deve definir o objetivo que se propõe a adega, tipos de vinho a armazenar, tempo de armazenagem, quantidade de garrafas a estocar e espaço a implantar. A escolha errada, que não atenda aos objetivos propostos, irá ocupar espaço e gerará gastos desnecessários.

São muitas as opções para uma adega. A adega pode ser incorporada à arquitetura do ambiente, ser semienterrada, incorporadas ao bar, ser do tipo industrializada que é vendida no mercado. Sendo esta última a mais recomendada para os apreciadores de um vinho específico.

Os comentários acima sobre adega são sob o ângulo técnico de um engenheiro, sem pretensão de opinar sobre vinhos.