É comum, em reuniões de condomínio, discutir-se o plano de
melhorias e investimentos, onde a ideia de instalação de uma piscina é
cogitada. Muitas vezes, após aprovação em assembleia, escolhe-se o local e é
contratada uma empresa para efetuar a instalação ou construção da piscina.
Simples, porém atitude de alto risco em relação à segurança e estabilidade da
construção.
A instalação de uma piscina é uma obra e, para tanto, se faz
necessária a elaboração de estudo prévio, avaliando e orientando as condições
técnicas a serem atendidas. Muitas vezes, se faz necessária a execução de
projetos complementares. Para instalação de piscina em lajes existentes, deve
ser efetuada uma avaliação da capacidade de suporte de carga da laje e,
provavelmente, elaborar projeto e executar um reforço estrutural, sem o que
haverá risco de colapso da estrutura. Uma piscina com um metro de lâmina de
água (profundidade) provoca uma carga de 1.000kg por metro quadrado (só devido
a água), o que ultrapassa em várias vezes as cargas previstas em edificações
residenciais. Além dos cuidados referentes à estrutura, deve-se atentar que as
piscinas devem ter um circuito elétrico exclusivo, bem como ponto de escoamento
de esgoto para limpeza e retro lavagem e ponto de água.
As piscinas podem ser de concreto, de fibra de vidro e de
vinil. Todas são eficientes, sendo que cada tipo tem um tempo limitado de vida.
As piscinas de concreto são as mais duráveis, desde que bem
executadas. Sempre é necessário o projeto estrutural, o concreto deve ser bem
dosado e aplicado de maneira que mantenha a máxima estanqueidade, a armadura
bem dimensionada para que não hajam fissuras, a passagem de tubulações bem posicionada
antes da concretagem, o sistema de impermeabilização é de suma importância, bem
como a aplicação dos revestimentos. Se não houver pessoal plenamente capacitado
para construir a piscina de concreto, é bem melhor optar por outro sistema,
pois vazamentos em piscinas de concreto são problemas de difícil solução, além
do alto custo.
Mesmo as piscinas “prontas” (fibra e vinil) vendidas no
mercado devem ser instaladas mediante a responsabilidade técnica de um
engenheiro face à carga elevada que uma piscina representa, mesmo em contato
com o solo.
As piscinas podem ser enterradas, semienterradas ou elevadas,
estas últimas, normalmente, complementadas por deck’s de madeira.
O equipamento básico das piscinas são as bombas e os filtros,
já os sistemas de tratamento de água são vários, sendo mais usado o tratamento
por lançamento de cloro na água e controle do ph. Existem sistemas mais
complexos como ionizadores, ozonizadores, ultravioleta, salinizadores e outros,
os quais tem alto custo inicial, porém baixo custo de manutenção e tem ótimos
resultados.